segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Meu projeto do bicentenário: dois séculos de produção intelectual - Paulo Roberto de Almeida

O que eu faria para pensar sobre os últimos 200 anos de construção da nação pelos seus filhos mais diletos? Elaborei um projeto preliminar para analisar a produção intelectual destes quase dois séculos (até mais, se partirmos de Hipólito da Costa), que resumo aqui.
Estou elaborando a bibliografia, que já tenho pronta em grande medida, por trabalhos próprios...
Paulo Roberto de Almeida


Trajetória do pensamento brasileiro: 
200 anos de produção intelectual

Paulo Roberto de Almeida


Apresentação: o que é o “pensamento brasileiro”?
Nos quase 200 anos de nação independente, diferentes pensadores – intelectuais de academia, estadistas, homens públicos, de negócios, jornalistas e pesquisadores isolados – elaboraram contribuições mais ou menos abrangentes sobre aspectos diversos de um processo multifacetado que se poderia chamar de “construção da nação”. Suas obras estão expressas em livros publicados, mas também sob a forma de instituições públicas, empreendimentos de caráter econômico e reflexões diversas sobre os problemas do Brasil e sobre os modos de superar os desafios à construção de uma nação próspera no concerto de nações autônomas.
O curso pretende seguir a trajetória intelectual desses construtores da nação, através de suas obras publicadas, empreendimentos realizados, encargos governamentais ou trabalhos nas áreas de ensino e comunicações (jornalismo). Uma bibliografia sintética sobre as produções próprias ou de trabalhos publicados por terceiros acompanhará o conjunto de preleções efetuadas pelo professor, com o convite à leitura dessas obras, em fontes indicadas.

Sumário: 200 anos de intérpretes e construtores do Brasil
1. Dois pais fundadores da nação: Hipólito José da Costa; José Bonifácio de Andrada e Silva
2. Duas concepções de Estado e de Nação: Varnhagen; Irineu Evangelista de Souza
3. Dois monarquistas na República: Joaquim Nabuco; Barão do Rio Branco
4. Dois lutadores republicanos: Ruy Barbosa; Oswaldo Aranha
5. Dois promotores da modernidade: Monteiro Lobato; Fernando de Azevedo
6. Duas vias para o papel do Estado na economia: Roberto Simonsen; Eugênio Gudin
7. Dois juristas prolíficos: Raymundo Faoro; Afonso Arinos de Mello Franco
8. Dois economistas humanistas: Celso Furtado; Roberto Campos
9. Dois acadêmicos influentes: Gilberto Freyre; Caio Prado Jr.
10. Dois liberais da atualidade brasileira: Antonio Paim; Gustavo Franco

Bibliografia: seleção de títulos e fontes primárias
A literatura sobre os personagens citados é extensa e metodologicamente variada, compondo-se de obras próprias e fontes secundárias. Uma lista das obras mais significativas desses autores e personalidades públicas, assim como biografias e estudos elaborados por terceiros será elaborada.

Paulo Roberto de Almeida

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), Mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia (1977), diplomata de carreira desde 1977. Foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília, diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e, desde 2004, é professor de Economia Política nos programas de mestrado e doutorado em Direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Como diplomata, serviu em diversos postos no exterior e em Brasília.
Seleção de livros publicadosMiséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (2019); Contra a Corrente: ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil, 2014-2018 (2019); A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (2018); O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (2017); Formação da diplomacia econômica no Brasil (3a. ed., 2017); Nunca Antes na Diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais (2014); Relações Internacionais e Política Externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (2012); O estudo das relações internacionais do Brasil (2006); Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (2002); O Brasil e o multilateralismo econômico (1999).


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