Mostrando postagens com marcador gov.br. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gov.br. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Exposição Bancos Indígenas do Brasil – Rituais (Gov.br)

Exposição Bancos Indígenas do Brasil – Rituais

Gov.br
Publicado em 03/11/2025 - Atualizado em 10/11/2025
https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/palacio-itamaraty/patrimonio-historico/exposicao-bancos-indigenas-do-brasil-rituais

O Palácio Itamaraty recebe a mostra "Bancos Indígenas do Brasil – Rituais" entre 12 de novembro de 2025 e 22 de fevereiro de 2026. Nesse período, todos os visitantes do edifício sede do Ministério das Relações Exteriores verão obras feitas por artistas de mais de 30 povos indígenas. Além do Itamaraty, a exposição "Bancos Indígenas do Brasil – Rituais" está em cartaz, simultaneamente, no Museu Nacional da República e no Memorial dos Povos Indígenas.

As visitas ao Palácio Itamaraty são gratuitas e mediadas em português, espanhol, francês ou inglês. A visitação ocorre de terça a domingo, com agendamento prévio necessário. Durante o período da exposição, parte do acervo está aberto à visitação espontânea na Biblioteca Azeredo da Silveira, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

O Palácio e seu acervo histórico e artístico auxiliam a diplomacia a representar, divulgar e promover o Brasil e seus interesses no exterior. Dele fazem parte obras criadas, principalmente, por brasileiros, ou estrangeiros com fortes laços com o País. Apesar de sua enorme riqueza, a coleção ainda não contempla toda a diversidade da cultura brasileira. E nessa diversidade, a cultura indígena é fundamental.

A exposição no Palácio Itamaraty, com acervo da Coleção BEĨ, destaca a arte e as tradições dos povos indígenas Asurini, Aeti, Baré, Fulni-ô, Galibi, Guarani, Hixkaryana, Huni Kuin, Kamayurá, Karajá, Karipuna do Amapá, Katuena, Kaxuyana, Kawaiwet, Kisedjê, Kuikuro, Mehinaku, Munduruku, Nahukwá, Rikbaktsa, Saterê Mawê, Taurepang, Tariana, Tikuna, Tiryó, Trumai, Tukano, Umutina, Wajãpi, Waiwai, Wayana e Aparaí, Xipaya, Yudjá, Yawalapiti e Ye’kuana.

A mostra vai, assim, ao encontro da iniciativa do Itamaraty de manifestar o Brasil em seus espaços e acervo, aumentando a representatividade de culturas, tradições e artistas historicamente invisibilizados, enfatizando a contribuição desses grupos à formação do País e de nossa sociedade.

Programação completa
Visitação mediada - Palácio Itamaraty

banco indigena sala helicoidal
Macaco Mehinaku (Xingu). Artista: Kamalurré Mehinaku. Ao fundo, escada helicoidal. Foto: CGPH/MRE.
De 12 de novembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026. As visitas ao Palácio Itamaraty são gratuitas e mediadas em português, espanhol, francês ou inglês. A visitação ocorre de terça a domingo, com agendamento prévio necessário.

Além do Itamaraty, a exposição "Bancos Indígenas do Brasil – Rituais" está em cartaz, simultaneamente, no Museu Nacional da República e no Memorial dos Povos Indígenas.

Visitação espontânea - Biblioteca Azeredo da Silveira

Parte do acervo da Coleção BEĨ que compõe a mostra "Bancos Indígenas do Brasil – Rituais", em cartaz de 12 de novembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026, está em exibição na Biblioteca Azeredo da Silveira, do Ministério das Relações Exteriores.

Ao contrário das visitas ao Palácio Itamaraty, que são mediadas e feitas somente mediante agendamento prévio, a biblioteca está aberta para visitação espontânea do público em geral, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Na biblioteca do MRE, além de visitar parte da exposição "Bancos Indígenas do Brasil – Rituais" e de assistir a vídeos e documentários sobre as obras e os artistas em exibição, o usuário pode fazer consultas, pesquisas e leituras nas dependências da biblioteca.

A biblioteca funciona no térreo do Anexo II do Itamaraty, edifício apelidado de Bolo de Noiva, desenhado em 1974 pelo arquiteto Oscar Niemeyer.



Debate “Arte e Diálogo no Itamaraty – Bancos Indígenas do Brasil: Rituais”

No dia 13 de novembro, das 16h às 18h, venha conhecer o Palácio Itamaraty e a exposição "Bancos Indígenas do Brasil: Rituais", e dialogar sobre algumas das principais obras do acervo artístico e histórico do MRE e sobre a Coleção BEĨ, no local onde estão instaladas.

A arte indígena em exibição no Ministério das Relações Exteriores será o tema do debate a se realizar na Sala Portinari, com a presença de curadores e artistas da exposição "Bancos Indígenas do Brasil: Rituais".

O debate é parte da programação da exposição Bancos indígenas do Brasil - Rituais, que permanece em cartaz no MRE entre 12/11/2025 e 22/02/2026. A atividade terá lugar na Sala Portinari, no terceiro andar do Palácio e contará com a presença de:

Milton Galibis: artista da etnia Galibi-Marwon e curador da exposição.

Mayawari Mehinaku: artista da etnia Mehinaku e curador da exposição.

Tomas Alvim: curador e diretor da Coleção BEĨ, cofundador do Arq.Futuro, editor e sócio da BEĨ Editora e curador da exposição.

Danilo Garcia: doutor em Artes Visuais, produtor executivo e curador da exposição.

A inscrição no evento é gratuita e haverá emissão de certificados aos participantes interessados. Clique aqui para se inscrever.

Na Sala Portinari encontram-se em os dois únicos itens da exposição que não são bancos, as máscaras Atujuwá (ver foto a seguir).

A iniciativa Arte e diálogo no Itamaraty vem sendo promovida pela Coordenação-Geral de Patrimônio Histórico desde 2023 e busca contribuir para a reflexão sobre as relações entre arte, cultura, sociedade e diplomacia, a partir de uma perspectiva multidisciplinar.

Confira os vídeos das edições anteriores do Arte e Diálogo no Itamaraty.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Discurso do presidente Lula na Cúpula Virtual do BRICS

 

Discurso do presidente Lula na Cúpula Virtual do BRICS

Discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Cúpula Virtual do BRICS, em 8 de setembro de 2025

Na Cúpula do Rio de Janeiro, mostramos que o BRICS é capaz de aportar soluções concretas para os dilemas enfrentados pela humanidade.

Aprovamos decisões importantes em matéria de mudança do clima, saúde global, governança da inteligência artificial e integração econômico-comercial.

Passados apenas dois meses, vivemos um momento de crescente instabilidade.

Está cada vez mais claro que a crise de governança não é uma questão conjuntural.

Os pilares da ordem internacional criada em 1945 estão sendo solapados de forma acelerada e irresponsável.

A Organização Mundial do Comércio está paralisada há anos.

Em poucas semanas, medidas unilaterais transformaram em letra morta princípios basilares do livre-comércio como as cláusulas de Nação Mais Favorecida e de Tratamento Nacional.

Agora assistimos ao enterro formal desses princípios.

Nossos países se tornaram vítimas de práticas comerciais injustificadas e ilegais.

A chantagem tarifária está sendo normalizada como instrumento para conquista de mercados e para interferir em questões domésticas.

A imposição de medidas extraterritoriais ameaça nossas instituições.

Sanções secundárias restringem nossa liberdade de fortalecer o comércio com países amigos.

Dividir para conquistar é a estratégia do unilateralismo.

Cabe ao BRICS mostrar que a cooperação supera qualquer forma de rivalidade.

Regras e normas mutuamente acordadas são essenciais para o desenvolvimento.

O comércio e a integração financeira entre nossos países oferecem opção segura para mitigar os efeitos do protecionismo.

Possuímos inúmeras complementaridades econômicas.

Juntos, representamos 40% do PIB global, 26% do comércio internacional e quase 50% da população mundial.

Temos entre nós grandes exportadores e consumidores de energia.

Reunimos as condições necessárias para promover uma industrialização verde, que gere emprego e renda em nossos países, sobretudo nos setores de alta tecnologia.

Reunimos 33% das terras agricultáveis e respondemos por 42% da produção agropecuária global.

O Banco do BRICS contribui de forma crescente na diversificação de nossas bases econômicas e na promoção de uma transição justa e soberana.

Temos, portanto, a legitimidade necessária para liderar a refundação do sistema multilateral de comércio em bases modernas, flexíveis e voltadas às nossas necessidades de desenvolvimento.

Para isso, precisamos chegar unidos na 14ª Conferência Ministerial da OMC no próximo ano, no Cameroun.

Caros amigos,

Quando o princípio da igualdade soberana dos estados deixa de ser observado, a ingerência em assuntos internos se torna prática comum.

A solução pacífica de controvérsias dá lugar a condutas belicosas.

Sem amparo no direito internacional, os fracassos vivenciados no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria voltarão a se repetir. 

No que se refere à Ucrânia, é preciso pavimentar caminhos para uma solução realista que respeite as legítimas preocupações de segurança de todas as partes.

O encontro no Alasca e seus desdobramentos em Washington são passos na direção correta para pôr fim a esse conflito.

A Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos para a Paz, criado por China e Brasil, podem contribuir por meio da promoção do diálogo e da diplomacia.

A decisão de Israel de assumir o controle da Faixa de Gaza e a ameaça de anexação da Cisjordânia requer nossa mais firme condenação.

É urgente colocar fim ao genocídio em curso e suspender as ações militares nos Territórios Palestinos.

O Brasil decidiu entrar como parte na ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça.

Reiterar o compromisso com a Solução de Dois Estados estará no centro da atuação brasileira na Conferência de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão Palestina.

No vazio de tantas crises não solucionadas, o terrorismo continua a assombrar a humanidade. O Brasil repudiou o sequestro e assassinato de inocentes pelo Hamas, bem como os atentados na Caxemira. 

Sabemos que o terrorismo não está associado a nenhuma religião ou nacionalidade.

Também não pode ser confundido com os desafios de segurança pública que muitos países enfrentam.

São fenômenos distintos e que não devem servir de desculpa para intervenções à margem do direito internacional.

A América Latina e o Caribe fizeram a opção, desde 1968, por se tornar livres de armas nucleares. Há quase 40 anos somos uma Zona de Paz e Cooperação.

A presença de forças armadas da maior potência do mundo no Mar do Caribe é fator de tensão incompatível com a vocação pacífica da região.

Caros amigos,

Em duas semanas, estaremos reunidos em Nova York para a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Será oportunidade para falarmos com uma só voz em defesa de um multilateralismo revigorado.

Devemos avançar na ampliação do Conselho de Segurança, incorporando novos membros permanentes e não permanentes da América Latina, da África e da Ásia.

Outra lacuna central na arquitetura multilateral refere-se ao âmbito digital.

Sem uma governança democrática, projetos de dominação centrado em poucas empresas de alguns países vão se perpetuar.

Sem soberania digital, seremos vulneráveis à manipulação estrangeira.

Isso não significa fomentar um ambiente de isolacionismo tecnológico, mas fomentar a cooperação a partir de ecossistemas de base nacional, independentes e regulados.

O impacto do unilateralismo também é grave na esfera ambiental.

Os países em desenvolvimento são os mais impactados pela mudança do clima. 

A COP30, em Belém, será o momento da verdade e da ciência.

Além de trabalhar pela descarbonização planejada da economia global, podemos utilizar os combustíveis fósseis para financiar a transição ecológica.

Precisamos de uma governança climática mais forte, capaz de exercer supervisão efetiva.

O Brasil convida seus parceiros do BRICS a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima da ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.

Chamo a atenção para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que queremos lançar na COP30, com o objetivo de remunerar os serviços ecossistêmicos prestados ao planeta.

O Sul Global tem condições de propor outro paradigma de desenvolvimento e de refutar uma nova Guerra Fria.

A futura presidência indiana do BRICS contará com todo o apoio do Brasil para seguir na defesa desses ideais.

A Cúpula do G20, sob a presidência sul-africana, também será espaço para um diálogo abrangente sobre os possíveis caminhos para a ordem internacional.

O unilateralismo jamais conduzirá à realização dos propósitos de paz, justiça e prosperidade que nossos antecessores delinearam em 1945.

O BRICS já é o novo nome da defesa do multilateralismo.

Muito obrigado.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...